quinta-feira, 24 de abril de 2008

Erro Favorito


Ao visitar o blog de uma Nova Amiga me deparei com um-texto-lindo-por-demais.

Vale a pena ler

Erro Favorito - Martha Medeiros

"Essa coisa de que a maturidade nos ensina a viver melhor é mais ou menos verdade. Com o passar do tempo, realmente ficamos mais espertos, não perdemos mais tempo à toa, compreendemos melhor nossas escolhas e renúncias, enfim, a vida se torna mais ágil, mas quanto aos erros e acertos, fica tudo na mesma. Acertamos onde já acertávamos antes, e erramos igualzinho como sempre erramos. Nem mesmo se consegue trocar erros antigos por erros novos. Eu cometo os mesmos erros desde que me conheço por gente. Desde guriazinha. Meu erro maior é a impaciência. Eu não sei esperar as pessoas darem o passo em minha direção, eu avanço e atropelo, porque a ansiedade não me permite atitudes civilizadas tipo "aguardar o momento do outro". Que aguardar, que nada. - "Já tem a resposta?"- "Você já está vindo pra cá?"- "Leu meu e-mail?"
Logo eu, a defensora número 1 da placidez humana. A que considera a coisa mais notável do mundo ser calma e respeitar o ritmo natural da vida. A que faz poesia sobre o magnificência do tempo. A que estimula a meditação e a contemplação do universo. Balela. Sou uma fominha. E claro que, depois de receber minhas respostas - meio capengas, por causa da minha pressa - eu fico me martirizando. Por que não esperei? Por que dei bandeira? Por que forcei a barra? Por que fui tocar naquele assunto espinhoso? Teria sido tão mais elegante ficar na minha. Prometo que da próxima vez ficarei de bico calado. A próxima vez! Que piada. Nunca fui boa aluna, não vai ser agora que vou aprender alguma coisa. Eu anuncio em primeira mão todos os meus atos e todos os meus sentimentos, extra, extra! Eu me jogo, me disponibilizo, me dispo, me coloco a serviço de Deus e do diabo, eu não me economizo! Sou controladora, mas não controlada, enfio os 10 dedos na tomada, levo choque, e mais tarde repito a dose, novo choque: sou uma viciada em arrependimentos emocionais. O que me conforta é que esse apego aos meus erros me inspira versos, crônicas e ficção, me ajuda a construir personagens, a dar-lhes uma vida que parece de verdade, e enriquece minha própria história, dá a ela credibilidade, já que ninguém confia muito em quem apenas acerta. Qual o seu erro favorito? Pode ser um homem que lhe despreza. Uma mulher que nunca retorna as ligações. Você se expõe demais. Ou de menos. Fala muito de você mesmo. Acredita nas mentiras que inventa. Em que erro você se apegou com tamanho carinho que nunca mais conseguiu abandonar? Eu sei que a gente acerta muito, e os acertos nos transformam em alguém melhor, alguém que evolui, que sobe degraus no conceito da humanidade. A cada acerto somos reinaugurados, ficamos mais longe das nossas imperfeições. Mas é a reincidência nas bobeadas que autêntica nosso lado mais verdadeiro, humano e normal."

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Na bagunça do dia-a-dia


Assaltaram a gramática
Assassinaram a lógica
Meteram poesia na bagunça do dia-a-dia
Seqüestraram a fonética
Violentaram a métrica

Tal música me trouxe lembranças hoje...
Há uns 3 anos um amigo de MSN me fez ver como eu estava matando sem pena alguma, a pauladas, socos e ponta-pé o meu bom português da época de vestibular (a saber: fechei a prova de português das duas fases e tirei uma ótima nota em redação). De cara fiquei enlouquecida e morta de vergonha também, os erros eram graves e ao mesmo tempo hilários (confesso).
Um dos mais graves e inesquecíveis foi quando esse mesmo amigo em uma conversa que nem me lembro mais, disse para eu pedir algo ao meu pai. E eu prontamente respondi: ta, eu pesso!! Sim, sim. Conjuguei assim o verbo pedir!!!
Meu amigo, acredito eu, quis se matar no outro lado do PC. Salientando que: o bonito é jornalista e filho de professor de português. Nada chato, nada mesmo. Hehehe. Mas ele logo me deu uma resposta ao perceber que eu nem me toquei do maldito erro. Disse: se você pedir desse jeito ele num vai te dar nuuuuunca. Só ai, eu me toquei do meu pobre ato insano.
Foi o fim, meu estopim, quis me matar, fiquei entre minha vermelhidão de vergonha e minha crise de riso.
Passado algum tempo pude perceber que esses assassinatos eram comuns em outras pessoas também. Até meus dois amigos (um boy e uma girl) do tipo Estudante Pastor, aquele que não tira o livro debaixo do braço e sabe decorado cada milímetro dele, cometiam vários erros grosseiros. A girl conseguiu escrever PROFICIONAL e o boy soltou um CONCERTEZA. E é bom dizer, e me orgulho muito disso, que eu corrigir os dois.
Aim-aim! Estou salva, logo pensei.
Fico-eu-a-pensar-com-meus-poucos-neurônios-funcionais: se nós que aprendemos português sem a influência da internet no nosso B-A-Bá, cometemos tantos erros em função do uso da net, imaginei eu como anda o português das cyber crianças...
Melhor msm nem comentar...
Salvem as cyber criancinhas.


domingo, 13 de abril de 2008

O quinto da lista


Fascinante história sobre vidas paralelas, famílias separadas pelo destino, segredos do passado e o infinito poder do amor verdadeiro. Inverno de 1964. Uma violenta tempestade de neve obriga o Dr. David Henry a fazer o parto de seus filhos gêmeos. O menino, primeiro a nascer, é perfeitamente saudável, mas o médico logo reconhece na menina sinais da síndrome de Down. Guiado por um impulso irrefreável e por dolorosas lembranças do passado, Dr. Henry toma uma decisão que mudará para sempre a vida de todos e o assombrará até a morte.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Um soldado, um cachorro e um amor na guerra do Iraque





O livro De Bagdá, com muito amor, mostra uma história real do valor humano em tempos de guerra. A amizade entre um cãozinho e um soldado, faz o saldado livrar-se da devastação emocional causada pela guerra.
Lava (fotos), um cãozinho achado entre escombros na guerra do Iraque por soldados americanos, que dá muito trabalho para ser tirado do Iraque e mandado para os Estados Unidos.
A história é bem emocionante, porém a escrita não passa toda a emoção que poderia. Mas ainda assim o livro é lindo.
Pra finalizar a postagem uma frase encontrada no próprio livro:
"O objetivo da vida não é apenas ser feliz. É ser útil, honrado, compassivo, fazendo com que nossa vida, bem vivida, faça alguma diferença."

terça-feira, 1 de abril de 2008

Game over para as paranóias femininas

Calundinha nem era uma gordinha feia, mas de uns tempos pra cá suas gordurinhas começaram a incomodar a sua virilidade. Certo dia Calundinha estava na net, exercendo o velho hábito de nós todos: xeretação em massa, e se deparou com uma frase que para muitos magrelinhos seriam horas de cosquinhas, mas para Calundinha foi o seu a última gota da taça cheia, limite da subida, fim do beco, estouro da bexiga, pé na bunda do cavalo brabo, ou qualquer outra expressão com o mesmo fim. Eis a frase: “O problema do gordo é que quando beija não penetra e quando penetra não beija”
Calundinha após o pânico feminino calças dois números a cima do que era há um mês, resolveu pegar pesado com o seu problema. E claro que quem sobrou com essa história toda foi o seu boyzinho Zé Leleu. Eis que a danada em questão ao passar pela promoção de livros naquela lojinha amarelinha que todos nós adoramos, deu de cara com um livro: Como emagrecer fazendo sexo. E você nem precisa imaginar muito como o pobre do Leleu sofreu. Por relatos dele, até seria bom sessões intermináveis de sexo selvagem, doce, falado, calado, entre outras modalidades do abençoado.
Mas nossa nobre gordinha resolveu não apenas atender a todos os apelos do livro, mas também fazer todas as anotações possíveis sobre a sua atuação ( bom falar que as anotações eram feitas dando pausas no ato).
De cara a gordinha neurótica ler que salvo algumas exceções o sexo é considerado o menos enfadonho e o mais prazeroso dos exercícios físicos. Nossa mãe, informação mais vibrante para um gordinho não há.
O pobre do Leleu teve que colocar em prática todos os piripaques sexuais da sua feme. Coitadinho não sabia que iria passar por todos os itens escolhidos a dedos e marcados com pilot laranja pompi, e esses seriam exatamente: uma hora de esfregação da pesada, incluindo contorções, sacolejos e choramingos pedindo para não parar (que queima o equivalente a 5 doses de caipirinha), mais 1 hora de preliminares intensas (114 resfolegos por minuto) ou 18 minutos de sexo (1 fatia (grande) de bolo de chocolate), 16 minutos de cócegas e cutucadas no pobre Leleu ( os 9 pirulitos de morango que a danada chupou), 53 minutos de beijo de língua, ou 25 minutos de preliminares normais ou 6 minutos de preliminares anormais, "nem quero saber como é uma preliminar anormal!!!" (1 cheeseburguer, 14 fritas e uma dose extra de ketchup), mais 31 minutos de preliminares na posição do lótus, mais 2 horas de servidão ou 47 minutos de flagelação com chicote de peso médio (2 garrafas de cerveja, uma porção de espaguete ao sugo e uma torrada), 24 minutos de sexo oral mutuamente satisfatório, na piscina (nossa mãe, esse equivale a um balde de doce-de-leite) e por fim o falso orgasmo (19 segundos = 160 calorias).
O danado do livro ainda dizia para a gordinha louca que, para o bom sexo-diminutivo-de-caloria seria muito bom o corpo executar as mais mágicas e maravilhosas posições e, ainda passava uma sessão de exercício pré-sexo-louco. Para o Leleu tal livro parecia mais como chegar ao inferno pelo caminho do céu.
Eis que no fim de tudo a Calundinha que levou tanto a sério esse livro, que quem escreveu deve ter perdido muito tempo de bom sexo por simples prazer, percebeu que suas gordurinhas incomodavam menos o seu boy do que suas investidas em sexo louco e quilometrado. E que deixar pra trás o sexo pelo sexo e colocar em prática o sexo por um motivo qualquer, não foi uma boa prática encontrada.
Apelo feito então: Game over para as paranóias femininas