domingo, 30 de março de 2008

Por você eu faria isso mil vezes!!!

Além da frase título da minha postagem, que sem dúvidas é a frase mais marcante do livro, outra frase do livro me chamou atenção “Histórias tristes sempre dão bons livros” . Histórias tristes dão bons livros, porém pra mim ela deve ser acompanhada com uma dose de alma, sentimento, e veracidade. E são esses ingredientes que preenchem as páginas do livro O caçador de pipas. Como não se encantar com a doçura e lealdade de Hassan?! Como não chorar com o medo de Sorab?! Como não ter raiva e pena de Amir?! E o Talibã, ai que medo!! E a realidade, que aperto no coração de tão triste.
É isso! Isso que o livro tem! Tem alma!! Consegue mexer com o teu psicológico sem muito esforço. E você passa da raiva para pena, dá pena para o medo, e do medo para esperança.
Amor, amizade, realidade e ficção das boas.
Eu recomendo!

sexta-feira, 28 de março de 2008

O quarto da lista

De Bagdá, com muito amor, fala de soldados durões, de correspondentes de guerra e de iraquianos em perigo, contando uma história inesquecível e verdadeira de um bando de improváveis heróis que aprendem com um animalzinho refugiado, sarnento e pulguento, lições inesperadas sobre a vida, a morte, a guerra e, acima de tudo, o amor.

domingo, 23 de março de 2008

O terceiro da lista

O romance fala sobre a amizade de Amir e Hassan, dois meninos quase da mesma idade, que vivem vidas muito diferentes no Afeganistão da década de 1970. Amir é rico e bem-nascido, um pouco covarde, e sempre em busca da aprovação de seu próprio pai. Hassan, que não sabe ler nem escrever, é conhecido por coragem e bondade. Os dois, no entanto, são loucos por histórias antigas de grandes guerreiros, filmes de caubói americanos e pipas. E é justamente durante um campeonato de pipas, no inverno de 1975, que Hassan dá a Amir a chance de ser um grande homem, mas ele não enxerga sua redenção. Após desperdiçar a última chance, Amir vai para os Estados Unidos, fugindo da invasão soviética ao Afeganistão, mas vinte anos depois Hassan e a pipa azul o fazem voltar à sua terra natal para acertar contas com o passado.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Li Marley e lembrei do Bob.

Primeiro falo sobre o livro Marley e Eu - A vida e o amor ao lado do pior cão do mundo.
Marley era um cão tabacudo, mas como todos os cães tinha uma enorme lealdade.
O livro é uma delicia de ler. Retrata uma vida em família com tudo que se tem direito. Paro por aqui porque não gosto de contar o livro todo (ou melhor, me seguro para não contar). Mas eu li e recomendo.


Lembranças de um ou dois Bob

Quem ler Marley não consegue deixar de ir ao fundo da caixinha de lembranças boas e tirar coisas legais para contar de lá. A princípio nem me dei conta da coincidência dos nomes Marley e Bob, ou Bob e Marley. Pois é esse era meu cão. E assim como vários leitores da coluna de John, eu também afirmo que tinha o pior cão do mundo.
Esse era Bob, um cão que chegou aqui novinho, uma bolinha de pêlo negra com patinhas marrons. Bob era uma mistura de pastor com doberman o que deu a ele um belo porte quando crescido. Assim como Marley, Bob aprontava e muito, me lembro dos dias em que saíamos e quando chegávamos em casa todas as camas estavam desforradas e coberta de pêlo. Lembro do nosso cão de guarda que roncava no sofá e podia ser levado no colo que nem tava aí para a casa. Leve o que quiser, mas não me acorde.
Lembro também que ele não ia com minha cara (certo dia fiquei em cima do sofá com uma vassoura por horas só por que ele vomitou e não queria me deixar limpar, rosnou pra mim até alguém chegar). Ele também tinha a mania de dar uma mordida em minha bunda toda vez que passava por ele. E como um bom tabacudo quando dizíamos: pega! Pega!. Ele corria em direção a pessoa que mandou ele pegar. Mas ele era um bom cão daqueles que quando te via triste chegava junto e ficava por horas ali com você. Fidelidade e lealdade canina, claro.
Mas eu não posso falar de Bob sem falar do meu bichinho concomitante a Bob, o Cotoco (meu pardal), lembro do dia que meu irmão chegou e disse: abre a mão, e colocou um pássaro que havia caído do ninho, perdido no chão. Meu pequeno dependente me tirou da depressão de uma doença que na época me consumia aos poucos e corria risco de se agravar. A depressão foi cedendo pelo fato de me sentir dando vida a um serzinho, e foi assim pacientemente que fiz aquele bichinho que nem pena tinha direito sobreviver. Lembro-me da papa de farinha com leite que lhe fazia comer. E dele recebi uma "fidelidade canina". Um amor tão incondicional. Imagina você que eu tinha um pássaro que voava atrás de mim por toda a casa, que ficava em cima dos meus livros enquanto estudava e que adorava coca-cola e chocolate.
O fim do meu pequeno bichinho de pena prefiro não comentar, pois foi bem triste. Mas posso dizer que um dia depois de perder ele, perdi também o meu cão Bob. E se pros amantes dos bichinhos doe perder um, imagina perder dois. Bob venho falecer vitima de um fungo em sua ração (provavelmente), logo quando tudo aconteceu nem entendemos o que houve, ele após comer sua ração com carne moída chegou até nós salivando, sem entender nada mandamos ele ir deitar, segundos depois ele parecia tá engasgado, quando percebemos que parecia sério, só então levamos ele para o veterinário (poucos metros de minha casa). Chegando lá quando foi colocado na maca já estava morrendo. E foi o médico quem disse que ele foi envenenado, pois sua língua tinha uma coloração meio azulada.
Dois dias tristes e seguidos em nossa casa. Lembro da frase do meu pai: você não devia criar bicho já que se apega tanto.
Anos depois (uns 9) encontramos um vira-lata machucado na minha rua, minha mãe com pena deu comida e água a ele e, em um dia de muita chuva ao a ouvir o seu gemido na rua lhe deu abrigo. Nunca mais nos livramos! Por uns tempos.
Logo recebeu o nome de Bob 2, nada criativo. Mas ele tinha cara de Bob.
Esse era um escroto, malandrão. Fazia caras e bocas pra conseguir o que queria e chorava por tudo, chorava pra tomar banho, chorava por uma bronca. Chorava por comida. Quando víamos tava ele: caim, caim,caim. Mó vítima.
Tinha hábitos péssimos como seguir você feito um louco pela rua afora (aos pulos). Mas era um bom cão também. Alegre, autêntico demais e com um poder de persuasão incrível. Ah, ele também era tabacudo.
Eis que um dia mais ou menos cinco meses depois de se tornar nosso novo morador quando minha mãe foi à venda (e ele atrás como sempre) ele viu um homem em uma bicicleta e ficou louco de alegria por causa do homem. Minha mãe chamou ele e nada. Quando ela chegou junto disse: ele gostou de você. O rapaz perguntou: você cria ele desde pequeno? Minha mãe: não, ele apareceu machucado na minha rua há uns meses. E o rapaz exclamou: não acredito!!! É Zureia. E quando ele falou o suposto nome do cachorro (o nome era msm sua cara rsrs) Bob 2 entrou em transe de alegria. O rapaz perguntou: a senhora deixa eu levar ele? E explicou que ele tinha corrido atrás do carro e tinha sido atropelado e quando ele teve a notícia e foi procurá-lo não mais encontrou.
E foi assim que Bob 2, ou Zureia se foi, com o rabo abanando e sem nem olhar pra trás.
Lealdade e fidelidade canina!

terça-feira, 18 de março de 2008

Yes


Deixo aqui um breve texto para mulheres que são e se mantêm gostosas mesmo sendo normais e principalmente naturais.
Beleza corriqueira, beleza verdadeira.
Cabelo ao natural, rostinho sem muita tinta, um belo par de olhos borrados-de- festa-ontem, cerva gelada com todos os salgados imagináveis, lanchinho de madrugada, celulite e barriguinha (daquelas que é bem sexy).


A Bunda Dura (autoria atribuída a Arnaldo Jabor)

Tenho horror a mulher perfeitinha. Sabe aquele tipo que faz escova toda manhã, tá sempre na moda e é tão sorridente que parece garota-propaganda de processo de clareamento dentário? E, só pra piorar, tem a bunda dura!!! Pois então, mulheres assim são um porre. Pior: são brochantes. Sou louco? Então tá, mas posso provar a minha tese. Quer ver?


a. Escova toda manhã. A fulana acorda as seis da matina pra deixar o cabelo parecido com o da Patrícia de Sabrit. Perde momentos imprescindíveis de rolamento na cama, encoxamento do namorado, pegação, pra encaixar-se no padrão "Alisabel é que é legal". Burra.


b. Na moda: estilo pessoal, pra ela, é o que aparece nos anúncios da Elle do mês. Você vê-la de shortinho, camiseta surrada e cabelo preso? JAMAIS! O que indica uma coisa: ela não vai querer ficar "desarrumada" nem enquanto tiver transando. É capaz até de fazer pose em busca do melhor ângulo perante o espelho do quarto. Credo.


c. Sorriso incessante: ela mora na vila do Smurfs? Tá fazendo treinamento pra Hebe? Sou antipática com orgulho, só sorrio para quem provoca meu sorriso. Não gostou? Problema seu. Isso se chama autenticidade, meu caro. Coisa que, pra perfeitinha, não existe. Aliás,ela nem sabe o que a palavra significa, coitada.


d. Bunda dura. As muito gostosas são muito chatas. Pra manter aquele corpão, comem alface e tomam isotônico (isso quando não enfiam o dedo na garganta pra se livrar das 2 calorias que ingeriram), portanto não vão acompanhá-lo nos pasteizinhos nem na porção de bolinho de arroz do sabadão. Bebida dá barriga e ela tem H-O-R-R-O-R a qualquer carninha saindo da calça de cintura tão baixa que o cós acaba onde começa a pornografia: nada de tomar um bom vinho com você. Cerveja? Esquece! Melhor convidar o Jorjão.


Pois é, ela é um tesão. Mas não curte sexo porque desglamouriza, se veste feito um manequim de vitrine do Iguatemi, acha inadmissível você apalpar a bunda dela em público, nunca toma porre e só sabe contar até quinze, que é até onde chega a seqüência de bíceps e tríceps. Que beleza de mulher. E você reparou naquela bunda? Meu Deus...


Legal mesmo é mulher de verdade. E daí se ela tem celulite? O senso de humor compensa. Pode ter uns quilinhos a mais, mas é uma ótima companheira de bebedeira. Pode até ser meio mal educada quando você larga a cueca no meio da sala, mas adora sexo. Porque celulite, gordurinhas e desorganização têm solução (e, às vezes, nem chegam a ser um problema). Mas ainda não criaram um remédio pra futilidade. Nem pra dela, nem pra sua.


segunda-feira, 10 de março de 2008

O segundo da lista


Marley & Eu: A vida e o amor ao lado do pior cão do mundo

Estória baseada na vida real do casal John (o autor) e Jenny, e Marley (o labrador).

Marley (cão como não havia outro nas redondezas): arrombava portas, esgadanhava paredes, babava-se todo por cima das visitas, roubava roupa interior feminina e abocanhava tudo a que pudesse deitar o dente. De nada lhe valeram os tranqüilizantes receitados pelo veterinário, nem, tão pouco, a “escola de boas maneiras”, de onde, aliás, foi expulso.Só que Marley tinha um coração puro e a sua lealdade era incondicional.

Dizem as boas línguas que os amantes dos cães não podem deixar de ler!

Li e recomendo


Eis que eu tenho a incrível mania de escolher livros pela capa e/ou pelo título, às vezes me dou bem, mas às vezes: ai meus sacos! Quero não ler essa coisa hehehe.
Pois sobre A menina que roubava livros (que me chamou a atenção pelo nome), e depois pela capa, posso falar que é surpreendentemente lindo. Triste e belo. Com uma narrativa interessantíssima. E “assustadora”.
A dureza de uma guerra, a superação pelo amor, a família, a amizade, a lealdade, a dor da perda. Tudo isso em um livro só.
Lição de vida para os que choram com muito pouco. Lição de vida para os que amam pouco. Lição de vida para os que acham que amam.

Saumenschzinha que toca o coração de quem ler sua estória.
Empolgante, fascinante, sentimental... viciante!
Ah! Ele me fez ri um sorriso mansinho (daquele q os olhinhos brilham em luz) e chorar muitinho!

sábado, 8 de março de 2008

Alma de mulher


Nada mais contraditório do que ser mulher...

Mulher que pensa com o coração,

age pela emoção e vence pelo amor.

Que vive milhões de emoções num só dia

e transmite cada uma delas, num único olhar.

Que cobra de si a perfeição

e vive arrumando desculpas para os erros daqueles a quem ama.

Que hospeda no ventre outras almas, dá a luz e depois fica cega,

diante da beleza dos filhos que gerou.

Que dá as asas, ensina a voar, mas não quer ver partir os pássaros,

mesmo sabendo que eles não lhe pertencem.

Que se enfeita toda e perfuma o leito, ainda que seu amor nem perceba mais tais detalhes.

Que transforma em luz e sorriso as dores que sente na alma,

só pra ninguém notar.

E ainda tem que ser forte,

pra dar os ombros para quem neles precise chorar.

Feliz do homem que por um dia souber entender a Alma da Mulher!


Ao menos uma vez cantem John Lennon para nós ;)

sexta-feira, 7 de março de 2008

Às vezes ganhamos, às vezes perdemos


"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..
E lembra-te :Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão"

quarta-feira, 5 de março de 2008

Palavras de um futuro bom

Anda enquanto o dia acorda a gente ama,
Tô pronto pra te ouvir aqui na cama.
Te espero vamos rir de todo mundo
Nesse quarto tão profundo

Para, repara tente ver a tua cara
Contemple esse momento é coisa rara
uma emoção assim só se compara, a tudo que nós já
passamos juntos

Preciso tanto aproveitar você
olhar teus olhos, beijar tua boca
ouvir palavras de um futuro bom

Preciso tanto aproveitar você
olhar teus olhos, beijar tua boca
dizer palavras de um futuro bom

Anda enquanto o dia acorda a gente ama
Tô pronto pra te ouvir aqui na cama
Te espero vamos rir de todo mundo
Nesse quarto tão profundo

Para, repara tente ver a sua cara
contemple esse momento é coisa rara
uma emoção assim só se compara, a tudo que nós já
passamos juntos
nesse quarto em um segundo

Preciso tanto aproveitar você
beijar teus olhos, olhar tua boca
dizer palavras de um futuro bom

Preciso tanto aproveitar você
beijar teus olhos, olhar tua boca
ouvir palavras de um futuro bom

Palavras, Palavras, Palavras de um futuro bom
Palavras, Palavras

Preciso tanto aproveitar você
beijar teus olhos, olhar tua boca
e ouvir palavras palavras palavras de um futuro bom!

segunda-feira, 3 de março de 2008

Quase Novo


Rifa-se um coração

Rifa-se um coração quase novo.

Um coração idealista.

Um coração como poucos.

Um coração à moda antiga.

Um coração moleque que insiste em pregar peças no seu usuário.

Rifa-se um coração que na realidade está um pouco usado,

meio calejado,

muito machucado

e que teima em alimentar sonhos e, cultivar ilusões.

Um pouco inconseqüente que nunca desiste de acreditar nas pessoas.

Um leviano e precipitado coração que acha que Tim Maia estava certo quando escreveu..."...não
quero dinheiro, eu quero amor sincero, é isso que eu espero...".

Um idealista...

Um verdadeiro sonhador...

Rifa-se um coração que nunca aprende.

Que não endurece, e mantém sempre viva a esperança de ser feliz, sendo simples e natural.

Um coração insensato que comanda o racional sendo louco o suficiente para se apaixonar.

Um furioso suicida que vive procurando relações e emoções verdadeiras.

Rifa-se um coração que insiste em cometer sempre os mesmos erros.

Esse coração que erra, briga, se expõe.

Perde o juízo por completo em nome de causas e paixões.

Sai do sério e, às vezes revê suas posições arrependido de palavras e gestos.

Este coração tantas vezes incompreendido.

Tantas vezes provocado.

Tantas vezes impulsivo.

Rifa-se este desequilibrado emocional que abre sorrisos tão largos que quase dá pra engolir as
orelhas, mas que também arranca lágrimas e faz murchar o rosto.

Um coração para ser alugado, ou mesmo utilizado por quem gosta de emoções fortes.

Um órgão abestado indicado apenas para quem quer viver intensamente

contra indicado para os que apenas pretendem passar pela vida matando o tempo,

defendendo-se das emoções.

Rifa-se um coração tão inocente

que se mostra sem armaduras

e deixa louco o seu usuário.

Um coração que quando parar de bater

ouvirá o seu usuário dizer para São Pedro na hora da prestação de contas:

"O Senhor pode conferir. Eu fiz tudo certo, só errei quando coloquei sentimento.

Só fiz bobagens e me dei mal quando ouvi este louco coração de criança que insiste em não endurecer e, se recusa a envelhecer"

Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por

outro que tenha um pouco mais de juízo.

Um órgão mais fiel ao seu usuário.

Um amigo do peito que não maltrate tanto o ser que o abriga.

Um coração que não seja tão inconseqüente.

Rifa-se um coração cego, surdo e mudo,

mas que incomoda um bocado.

Um verdadeiro caçador de aventuras que ainda não foi adotado,

provavelmente, por se recusara cultivar ares selvagens

ou racionais, por não querer perder o estilo.

Oferece-se um coração vadio, sem raça, sem pedigree.

Um simples coração humano.

Um impulsivo membro de comportamento

até meio ultrapassado.

Um modelo cheio de defeitos que,

mesmo estando fora do mercado,

faz questão de não se modernizar, mas vez por outra,

constrange o corpo que o domina.

Um velho coração que convence seu usuário

a publicar seus segredos e a ter a petulância de se aventurar como poeta