segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Todo bêbado tem história, parte I


Se levantou da mesa para ir ao banheiro, entrou! Exclamou: puxa reformaram! Tá tudo diferente, exclamação devido ao novo local da pia, antes era de um lado agora é do outro. Observou, gostou. Virou e pensou: putz invenção nova! Como é que usa? Pisca duas vezes, encolhe os olhos e diz: puta merda é um mictório, banheiro errado.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Essencial



"A dor é inevitável, Mas o sofrimento é opcional
Aquele que não sabe a que coisas atender
E quais ignorar,
Atende ao que não tem importância,
E ignora o essencial."

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Sobre a Vírgula:


Vírgula pode ser uma pausa... ou não.

Não, espere.

Não espere.

Ela pode sumir com seu dinheiro.

23,4.

2,34.

Pode ser autoritária.

Aceito, obrigado.

Aceito obrigado.

Pode criar heróis.

Isso só, ele resolve.

Isso só ele resolve.

E vilões.

Esse, juiz, é corrupto.

Esse juiz é corrupto.

Ela pode ser a solução.

Vamos perder, nada foi resolvido.

Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.

Não queremos saber.

Não, queremos saber.

Uma vírgula muda tudo.

Detalhes Adicionais

SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.

Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER.

Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM.


ABI (Associação Brasileira de> Imprensa). 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Recomendo um livro

Depois do maravilhoso Quando Nietzsche chorou, me aventurei em mais uma obra de IRVIN D. YALOM. Solidão, desprezo, obsessões amorosas, depressão... Irvin Yalom traz a história de dez pacientes que procuraram soluções para seus problemas cotidianos, buscaram terapia e que se depararam com as raízes das próprias dores da maneira mais crua. Mostrando como é possível enfrentar as verdades da existência e aproveitar tal poder para mudar e crescer em nível pessoal.

Gosto por maçãs

Até que ela tinha lá seu lado romântico, mas nunca deu muita bola para o chamado romantismo. Além da falta de romantismo aguçado descobriu bem rapidamente que se apaixonava em demasia e, tinha algo diferente dos outros mortais de sua espécie e sexo, ela não sofria pela perda do amor, pelo menos não em exagero. Pra falar bem a verdade ela sofria só pelo impacto de uma notícia ou atitude ruim (uma hora, duas, talvez 24h). Com experiências vividas e sentidas compreendeu que ela pouco dava importância para o tamanho do amor que tinha pelas espécies do sexo oposto. Para ela nada era mais excitante e apaixonante do que ter o que o outro era capaz de dar, por isso o seu desapego tão rápido, quando começava a receber de menos... puft...desapego. Ela sim não queria viver com o seu Grande Amor, mas sim com o amor, pelo menos o sentimento bom que esperamos que o amor passe. E ele sempre passa. Afinal de que vale um grande amor (pessoas) nas mãos se o amor (sentimento) está sendo pouco vivido. Aparência? Profundas mentiras?
Ora bolas, era sim melhor está com o boy da esquerda, aquele que estava sempre no mesmo barzinho, que era carinhoso, que mantinha conversas e risos, do que ficar pairando pela ausência do Grande Amor. E nem precisa se preocupar que com ela não rola trucidar CDs, fotos e memórias. Tampouco cara feia e maus tratos. Para ela o primeiro ato para o esquecimento total dos que passaram e agitaram mais do que devia, era sim manter a lembrança ali, e não mais se importar com elas. Aliás, jogar fora aqueles ótimos presentes recebidos era mesmo uma besteira (viva o materialismo sem preconceito).
No jogo do amor aprendeu com as letras ouvidas do seu Raul, onde ele dizia em claro, bom tom, melodia e rima: quem gosta de maçã, ira gostar de todas, porque todas são iguais.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Primeira do plural


“Parafraseando” e alterando Lispector: Não se preocupe em entender. Viver ultrapassa todo entendimento. Renda-se como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Nós somos uma pergunta. Frase lembrada após ouvir uma conversa paralela. O assunto dado era a respeito do boy que ela achava está preocupado com a falta de fidelidade com o amigo. Ué, disse ela, depois que ele consumiu o fato ele veio perguntar todo assim se o amigo havia demonstrado interesse por ela. Agora é tarde, concluiu meio sem ligar também.
Que nada, respondera a amiga, se você tivesse respondido que sim, isso só aumentaria o desejo dele, conheço a peça. Afirmou entre risinho irônico e piscadela de olho.
Pasma não ficou, claro!
Já sabia do tipo amizade masculina: nada não pow, come aí, depois eu vou e como também. Tu comes, eu como, e nós comemos mais uma. Brinde e virada de copo e de página.
¬¬

terça-feira, 9 de setembro de 2008

O contrário é o conveniente


"O contrário é o conveniente. Sempre que você sentir raiva
de alguém, aplique esta máxima. Trata-se de fazer exatamente o
contrário do que seu corpo está pedindo. Acredite em mim: produz
milagres."
Francesc Miralles

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Hipocrisias do amor.

Uma mistura do humor do Garfield (tirinha: Aja naturalmente) com o uma pitada sofrimento do Jovem Werther, foi a receita para a criação da postagem. Consigo ter cócegas quando ouço coisas do tipo: perdi a fé no ser no ser humano, no amor, no relacionamento, na esperança, na vida. Nhem, nhem, nhem e, muita hipocrisia. E o mais engraçado ainda é ver que pessoas quem repetem incansavelmente o fatídico jargão são as que mais caem de amores quando recebem o mínimo sorriso paquerador. Levam tão a sério essa estória de morrer de amores, que realmente morrem. E morrem na pior forma que o ser humano pode morrer: perdem a graça.
Quem desperdiça o amor que chega por seqüelas passadas merece mesmo ficar sozinho. E que viva com a companhia do espelho.
Nas entrelinhas do livro Amor em minúscula (Francesc Miralles),o professor solitário interpreta o amor do Jovem Werther por Charlotte, de forma diferenciada da habitual interpretação geralmente dada ao clássico de Goethe, e para ele Whether não morre por amar, mas por falta do amor, principalmente o próprio.
Falta de amor? Será?
Dar mais do que receber... Receber mais do que dar... E daí? Quem vive de proporções é a matemática.
Hipocrisias à parte, o viver bem é prazeroso, o reconhecer que cada um é cada um, e todos temos muito de diferente, e muito de igual também, é fundamental. Atribuir a relacionamentos futuros os desamores do passado faz com que a partida chegue ao fim antes mesmo do primeiro tempo. Aliás, todos nós já passamos pela fase: só vilões dos contos de fada (Bruxa-do-desapontamento, Monstro-do-Pé-na-bunda, Fantasma-do-amor-verdadeiro, Lobo-da-desilusão). Quem já não teve um cara-a-cara com um destes? Ou com todos estes? E quem nunca vestiu a fantasia de um destes? Ou de todos estes?
Então, relaxa, senta num bar, pede uma cerva, aponta pra a velha fé e rema. Quem vive só de amor não sabe dar valor ao que o amor tem para nos dar.
Como diz o jargão mais repetido do momento: why so serious?