segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Reflexões e flexões

Cansaço e determinação, olhos focados em letras e números de folhas e livros paginados. Direção e sentido, às vezes provocam a falta dos sentidos, o tato, o olfato e, principalmente o paladar, tão anulados nessa fase da vida. Persistência, palavra chave para a menina que carrega sua casa de livros nas costa. E como pesa. Correndo atrás de vitórias, e até mesmo se satisfazendo em chegar perto da vitória, embora não com o mesmo gosto, e com a certeza da repetição, mas sem o tom do insucesso. Letras, números, palavras, frases gravadas na mente, e que ironicamente faz esquecer palavras e frases que deveriam ser ditas (e não foram) nos poucos momentos sem livros. Certeza da perda. Perda e ganho. Ganho e perda. Contradições. Insatisfações, buscas, reflexões e flexões, para a força (aumento do peito e do coração) da alma.
Pausa na escrita!
Procura teus livros, menina...

terça-feira, 20 de outubro de 2009

De amor e poesia


"Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue; outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho...o de mais nada fazer."
Talvez seja de Lispector (?)

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Os mesmos

Casal na praia, e de repente a amiga dele aparece do nada. Beijos abraços e muito papo colocado em dia, e ela ali sentada e excluída da conversa. Em outros tempos ela com certeza levaria na boa, afinal era só uma amiga, mas se viu bufando durante o longo minuto passado. Sentiu raiva de si mesma, odiava ela sentir ciúmes, mas tava ali na cara o sentimento exposto, talvez aumentado pelo comentário (cara de sorte com duas e eu sem nenhuma do homem ao lado, se fosse eu já tinha me arretado completou a mulher ao lado do homem ao lado) comentário maldoso bem verdade. Fingia não dar atenção, mas deu, claro.
Apesar do ciúme em fúria conseguiu alto-controle e se manteve no salto alto sem mais nem menos, afinal a principio era só uma amiga, nada comentou sobre a garota, apenas ouviu as explicações do amado quanto à garota que já havia ido, elegante e calma sorriu e mudou de assunto.
Em casa e sozinha parou para refletir: se ele não tinha sido até agora o carinha mais apaixonante que parava ao lado dela por que existiam tantos ciúmes? Contabilizando era a terceira vez em menos de dois meses que o sentimento aflorava. Talvez estaria ela gostando mais do que aparentava gostar. Mas gostar para ela nunca foi sinônimo de sentir ciúmes.
Ou estaria ela aprendendo com os erros do passado a valorizar mais e mais a pessoa ao lado. Mas valorizar para ela também não é sentir ciúmes.
Talvez sentira-se ameaçada pela nobre amiga que há tanto ele não via, ou talvez fosse a sua intuição lhe mandando um aviso prévio.
A semana passou e o fim de semana vindouro chegou. E pela primeira vez em semanas seu telefone não tocou.
E muitos ainda duvidam da intuição feminina!
Confusamente a segunda chegou, o reencontro aconteceu, pergunta nenhuma, cobrança (dela) zero, olhar cativante, carinho provocante. E ainda eram os mesmos.
E agora, devemos duvidar da intuição feminina?

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Preto ou branco?


Não! Nunca fui supersticiosa, nenhum problema com gatos pretos, escadas, e espelhos (aliás, quebrei dois essa semana, quantos anos mesmo de azar?). Além da falta de superstição nunca me liguei em significado de nome, cor, flor, talvez seja trauma por possuir um nome montagem que o único significado que teve na vida foi persistência e sorte, o primeiro devido ao fato dos dois fetos anteriores a mim abrigado no ventre da mama terem sido chamados de thially até a descoberta triste da ausência do xx, e o segundo devido a uma ligação não feita na hora do segundo filho por problemas de saúde do mesmo, fora isso nem o Google mestre dos magos dos problemas cotidianos conseguiu atribuir um significado qualquer que fosse. Mas lembrando de um amigo que adora significados e superstições decidi estudar meu caso de ausência de postagem aguda, pós refletir sobre o fato!
Aos leitores mais chegados e reclamões basta a lembrança de um blog negro que eu tinha, o qual era atualizado quase que sempre, mas bastou jogar a luz do branco e toda a imaginação oriunda do meu pequenino cérebro sumiu. Sim, sumiu! Ausência total de idéias. E nada melhor do que culpar o branco, afinal se a culpa não é minha tem que ser de alguém.
Então fui pra net, ou melhor, pro Google, e não era que minha intuição feminina (essa não falha) tava certa!
De cara foi:
Para o branco – 1) facilita o contato com os guias espirituais e com os ancestrais ( ah tá, isso explica por que eu deixei de me comunicar (blogueiramente falando) com os vivos), segue: 2)alivia a sensação de desespero e de choque emocional, ajuda a limpar e aclarar as emoções, os pensamentos e o espírito.(me diga mesmo o que uma pessoa zen vai ficar “reclamando” num blog? E essa coisa de limpar pensamento é bem verdade, confesso!) 3) Demasiado branco, quando não é necessário, pode dar a sensação de solidão e frio, porque o alvo nos separa das outras pessoas (Putz, odeio o branco!).
Cansada de me desanimar com o branco e fazendo minha hipótese virar teoria fui cutucar na história do preto!
E de cara vi: 1) transmite introspecção, favorece a auto-análise e permite um aprofundamento do indivíduo no seu processo existencial (opa! Sorriso nos lábios apareceu). Só por essa frase já mudei o tom do blog.
Não querendo ser supersticiosa, mas já sendo, mudei a cor do blog, só para ver se esse negócio dar certo, e se minha teoria de cores e “escritores” confere. Mas no fundo acho mesmo que isso não faz o maior sentido.
Fontes: psicodinâmicas das cores em comunicação - M. Farina. Google e as cores.