domingo, 14 de novembro de 2010

Blá


- amor só de filho e de mãe quem quiser me amar que sofra!
- Num é de uma banda de forró?

- É!

- Prefiro quando ele diz: não choro por quem me deixa e não abandono quem me quer.

- Pois eu quero que sofra.

- Aff! Que papo mulher desiludida (risos). Já já começa a falar que eles não prestam e que são tudo igual. Nojinho desse papo chato.

- Acho que tou, não quero mais gostar de ninguém.

- Pois eu quero e de muitos.

-Tu não conta. Tens um jeito macho de ser...

- E tou errada? Papo de mulher desiludida é muito foda. No final ela de tanto pegar se apega do mesmo jeito.

- Será?

- Aposto! Pode mentir, mas...

- Mulher é um bicho besta mesmo.

- É por isso que eu digo: ame todos.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Apenas mais uma de amor

Desde a adolescência ela dizia ter o que chamava de compulsividade por amar, explicando melhor, a mocinha se apaixonava mais fácil do que qualquer princesa das histórias infantis. Só que entrelaçado ao fácil coração, existia um Q de “cafajeste” no “olhar” da pobre mocinha. E ela usava sabiamente e juntamente com todas as outras letras do alfabeto esse Q a mais. Não era galinhagem nem desapego pelo amado da vez. Respeitava a fidelidade e principalmente a lealdade. Mas conseguia ela compactar cada ser apaixonante em um espaço no seu coração de mãe, mãezona, e um de forma alguma invadia o lugar do outro. Cada qual com suas qualidades atribuídas por ela.
Real que era cultivava suas duas ou no máximo três horas de bode pelo relacionamento não engrenado, mas enxugava as lágrimas, quando tinha, lembrando do novo affair. Que não necessariamente precisava ser novo. E já ia até ele com jeitinho meigo de quem quer colinho.
Com isso claro, a mocinha viveu estórias hilárias, situações de risco, encrenca da grossa, amores bacana e desapegos muito.
Não era fácil administrar tanta gente apaixonante, e pior ainda descartá-los de vez.
Como tudo, tinha lá seu lado bom e ruim, que não deve e nem precisa de explicação.
Mas a mocinha, que caminhava na leveza do seu coração carregado, levava consigo o fato de que amar é se libertar e que as pessoas são realmente apaixonantes, cada um com uma peça impar para completar o jogo: da vida, do amor, ou ego, sabe-se lá.
E ela, não poderia jamais reclamar de não ter se divertido.