quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Anônima Imaginação


Mais uma noite em que ela tentava distrair o longo tempo de sua insônia, no passar do tempo viu-se lendo e relendo textos escolhidos por afinidade. Em meio aos textos logo veio uma lembrança de quando criança, onde adorava não somente desenhar, como criar contos da carochinha, e em meio a tantos rabiscados no que antes eram folhas cândidas, lembrava-se bem de sua estória preferida, cujo ela própria denominou de o Urso e a abelha. Poucas linhas, vários erros, mas muita criatividade para alguém tão pequenina. Não imaginava ela que hobbie, voltaria à tona depois de tantos anos, e que bom era segurar um dos seus prazeres infantis.
Voltou então a sua atenção para a sua distração inicial, e ficava cada vez mais impressionada com tanta gente de tamanha criatividade, e ela que costumava ler vários textos de amigos, via-se surpresa com toda a capacidade de escrita que se revelava entre as teclas e os papéis imaginários de um computador. Ora, entendia que algumas profissões ajudavam e muito na hora de produzir um bom texto, mas e aqueles que de tão pequenino é o hábito de escrever que em muito se perdiam na grafia do velho português, e os jovens, que muitas vezes nem título de conhecimento é a eles adquirido. Esses, pois bem, feio não faziam na vasta e anônima imaginação.
Quanta coisa boa ela via.