quarta-feira, 31 de julho de 2013

In love



Olhinhos em órbita atentos a tudo por fora da janela, após ver o nome da cidade! Dali para frente tudo era encanto e estaria onde há muito desejou estar.
Verdes, flores, cores... Hortênsias ( as flores da mãe), lírios amarelos (os seus preferidos), bromélias, anêmonas, cravos amarelos e laranjas, e flox, muito flox (lindas e de todas as cores), algumas outras que nem sabia catalogar, mas de tamanha beleza.
Olhinhos em órbita atentos e olfato também, cheirinho de eucalipto, avistou o hospital de cor rosada, que poderia ser sua morada estudantil, logo soube que estava por trás do colossal e encantador Euclides Dourado e os seus bons hectares de eucaliptos, tão lindos e imponentes que parecem irreais.
Olhinhos em órbita e lacrimejando, local correto para o renascimento. Seguiu para ver o que a cidade lhe oferecia além dos seus sonhos.
Frio gostoso, coração em paz, entrada para o parque aberta, vontade de chegar logo. Encontro com suas árvores, com o seu cheiro, toque suave nos troncos corpulentos, sentidos em festa. Visão, olfato e agora a audição, música ao fundo em um carrinho qualquer, paralisou quando identificou, incrivelmente sua banda favorita e música também, de um rock que trazia lembranças boas, Friday I’m in Love (the cure). Calafrios! Que coincidência incrivelmente boa diante do contexto. Saudada por um dos seus lugares favoritos na Terra (que até então não conhecia) com sua melhor música (um direito a trilha sonora). É de se querer mais o que?  
Como a própria música citada acima diz: apesar das inúmeras coisas tristes, em algum momento esteja e seja feliz, suavizando a alma e espírito, encorajando os dias a mais.
Era um sábado, mas tinha sim um gostinho de sexta-feira, ao menos em algumas horas me mantive dopadamente apaixonada!

Bom som:
http://www.youtube.com/watch?v=mGgMZpGYiy8

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Amor de carnaval

Para muitos é a festa do pecado, para outros apenas do reencontro.
Dentre tantas histórias bonitas, destaquei uma que gostei de ouvir.
Não era a primeira vez que estavam juntos, mas foi como se fosse, tanta coisa boa, que ainda não conhecia, viu reunida em uma só tarde. O bom sorriso, a alegria e o cuidado constante, o não soltar suas mãos nem para conversar com os amigos, ambos ali, atraindo e sendo atraído.
As alegrias dos outros encontravam sorrisos que se perdiam, mas logo se reencontravam com um olhar, ou meia caricia boba.
À noite chegou e logo se foram, longo caminho até casa, de locais opostos. Não demorou a surgir a vontade enorme de não se deixarem, vontade de ambos, alguns minutos de espera, por não saber esperar logo decidiu dizer que queria um pouco mais da sua presença. E foram, no embalo da lua se aventurar um pouco mais, afinal era carnaval, ninguém precisa voltar para casa. Logo foi bolado um plano B e posto em ação, reclamações ouvidas, um minuto de vergonha que logo passou. Pronto, enfim plano B, boa companhia, boa música (?), ótimo momento, bom toque, bom gosto, bom cheiro. Olhar descrente para um dia perfeito, olhar descrente para um par perfeito, coração a mil, pelo (re) encontro, bons sonhos reais, atrapalhado pelo toque do telefone, pelo sorriso, e pelo brilho nos olhos por restar alguns minutos.
Hora de ir para casa, o cansaço no corpo já era aparente. Fim de carnaval, no outro dia já era cinzas.
Rua deserta, mãos dadas, passos e sorrisos. Tenho que colocar esse dia no meu livro, comentou. Gostou de ouvir e retribuiu com um sorriso.
Um beijo de despedida e se foram para colocar no papel algo que de alguma forma queriam que fosse eternizado. Bom para ambos.

sábado, 27 de julho de 2013

Cantinho!


Nunca gostei de falar de mim, sempre escrevo coisas que ouvi, que aconteceu ou pura imaginação, mas hoje vou quebrar o protocolo. Talvez pela felicidade e sentimento de realização. Sempre fui garota de praia, gosto de calor, tenho adoração por biquine e tudo que relembre esse contexto, contudo escolhi um interior para finalizar o que me sobra de vida. Sim, jamais imaginei morar em um, muito menos um que precisasse de muitas roupas, mas como a ideia de melhorar a qualidade de vida estava fixa, comecei a juntar qualidades que me agradavam.
A primeira escolha, tem que ter uma boa academia, comecei minha pesquisa, apesar de pequena, gosto de caneleira com 15kg e de tudo que umas boas horas de esporte pode me dar.
Comecei a desenhar uma imagem na cabeça que aos poucos fui colocando em uma cidade real, limpeza, flores, cores, bosques, praças (adoro boas praças!), muita e pouca gente, interior, mas não das brenhas, bucolismo e modernismo misturados.
Lugarzinho que faz questão de ser belo e que eu quero de tudo desfrutar...
Acordar às seis, correr no parque, olhar as flores e brincar com os meus filhos, sim é isso que eu quero.
Não sei o que tanto me chama para lá, mas que chama, chama! E eu vou... E lá eu fico!

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Sua depressão...


Talvez todo mundo já tenha passado por isso, o desagrado que é ver pessoas até então admiradas cometerem erros após erros. Bem verdade que somos humanos e falíveis, mas temos que ser toleráveis até certo ponto.
Se a presença, a conversa, a amizade, o amor só é procurado em momentos ruins e quando estamos bem excluímos tal pessoa, fica a dúvida pela amizade e/ou carinho sentido. Costumamos dizer que é na hora da dor que conhecemos os verdadeiros amigos, sem dúvidas. Ora mas o contrário também não existe não?
Se tivemos a presença de pessoas, quando esta está amargurada, seja por problemas financeiros, amor ou simples solidão, por que quando ela sai do seu estado depressivo esquece quem deu bons conselhos, buscou um sorriso, segurou a mão. Não é de se avaliar? E ai? Qual o motivo?
Será que agora que você está bem, pois as contas em dias, ajustou o salário e os dias felizes para mais, bateu a amnésia?
Poupe-nos! Rei na barriga é feio e acaba com a admiração de qualquer um pelo outro. Se reavalie, pois na vida a gente sobe e desce.  

quarta-feira, 24 de julho de 2013

quem não...

Tô com saudade de tu, meu desejo
Tô com saudade do beijo e do mel
Do teu olhar carinhoso
Do teu abraço gostoso
De passear no teu céu

É tão difícil ficar sem você
O teu amor é gostoso demais
Teu cheiro me dar prazer
Quando estou com você
Estou nos braços da paz

terça-feira, 23 de julho de 2013

Sol

Eu gosto da Lua, mas prefiro o sol
Pelo brilho que tem e a esperança que traz
Pelo queimar da pele
Por ser imponente, mas não excludente
 
Por me dar fins de tarde na praia
Que remete à ternura
Brincadeira de criança e muitos bons amores
 
Gosto do seu colorido, do amarelo ouro
Mesmo que seja ouro de tolo
Gosto de ver não temer nem os dias de chuva
 
Por ser imponente, mas não excludente
Pelo queimar da pele
Pelo brilho que tem e a esperança que traz
Eu gosto da Lua, mas prefiro o sol

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Certas coisas...


Eu te amo calado,
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncios e de luz.
Nós somos medo e desejo,
Somos feitos de silêncio e som,
Tem certas coisas que eu não sei dizer...

 

Uma pena que Música tão bela embale não o amor, mas a separação.

Às vezes, não cabe apenas no coração o sentimento que temos, e de alguma forma, para não virar mágoa ele tem que extravasar, seja pelo choro, pela raiva, ou por simples palavras. O que consola é saber que nunca haverá arrependimento, pois tudo o que foi possível foi tentado, e em tudo existiu amor, se não foi visto como bom, fica o lamento e a certeza de que um dia passa.  

Quem quer ser esquecido, termina sendo!


Cuidado com o que deseja meu rapaz!

Muitas vezes na tentativa de sanar algo que cogitamos como ruim (por receio de tudo que o mesmo nos traz) desejamos e principalmente temos atitudes que podem ter um peso maior no futuro.
Tratar qualquer situação de vida com punições, só mostra a imaturidade que temos ao nos debruçar sobre nossas vontades em relação ao caso.
E imaturidade gera inúmeras reações por pura proteção, tá aí, damos lugar à reação em cadeia, ou toda ação tem uma reação, se preferir.
Só não é cabível lamentar no futuro, e dizer que era o melhor que podia fazer no momento.  Quem não trata com maturidade seus problemas peca, e muito pior, sabe que estar errando, mas covardemente prefere permanecer no erro. Por falar em falta de coragem, obtemos coragem de fazer coisa muito pior, do tipo, jamais maltrataria algém e vai maltratando...

Para terminar: quem tanto “pede”, acaba sendo ouvido, afinal.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Para sempre!


Sempre gostei de dizer que o para sempre é coisa de livros (antigos), na vida real há muito mais parágrafos, exclamação, interrogação e vírgula, antes de chegar no ponto final. Salvo relação de pais e filhos, que alguns ainda ignoram sua importância, de ambas as partes.
Basta gostar de escrever e fazer isso durante um bom tempo que é notório a mudança contínua, você hoje, nunca será o mesmo de ontem e jamais produzira sua mesma teoria  amanhã.
Acredito que o mito para sempre na antiguidade era reproduzido como uma forma de não “evolução” da espécie. E basta ler e reler reproduções antigas que fica destacado a insatisfação, seja ela qual for.
Venho refletindo sobre isso há algum tempo, e através da reflexão deixando de lado a ideia que temos de que se algo não permaneceu na nossa vida é por que falhamos em algum momento. A palavra incompetência não cabe quando provamos o sabor que a mudança nos proporciona, e sim, é preciso coragem, pois a sociedade ainda, de forma hipócrita,  valoriza o para sempre.
Eu quando adolescente, apesar de gostar de cálculos calóricos e bioquímica, exclui nutrição, pois ignorantemente deixei meus assombros relacionado à comida e o fato de não gostar de fazê-las frustrar uma aptidão, mostrada ainda cedo, escolhi biologia. Dentro da biologia, apesar de amar plantas, verdes, jardins, odiava botânica, ênfase número 1 do meu curso. Com o passar do tempo a minha habilidade mostrada ainda jovem me fez dar uma reviravolta, depois de muitos dias ruins lamentando não está satisfeita com o que escolhi, ou com o que a vida me ofereceu (às vezes na realidade é assim), voltei para a nutrição, que hoje com a maturidade dos 30 anos tiro os melhores proveitos da minha formação profissional em andamento (com maiores dificuldades, claro), e só para contrariar minha revolta de universitário, misturo nutrição com botânica, e tenho achado um casamento perfeito, por enquanto.
Hoje gosto de difundir a ideia de que nem todos os ditos populares estão corretos ou incorretos. Não, pau que nasce torto, não precisa morrer torto. E sim, nunca diga dessa água não beberei!
Enquanto o para sempre, é sabido que ele pode existir e ser de um final feliz ou não, cabe a você criar coragem e aceitar as mudanças quando o coração falar. Quem omite o que sente mente, para si somente, o que é mais preocupante.

 

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Ansiedade x vida pessoal

Podemos citar ansiedade como uma antecipação de fatos, você pergunta e não espera a resposta, e muito pior, dramatiza e negativa tudo. É assim para quem sofre da mesma. Agora imagine isso na sua vida pessoal!! Sofrimento por antecedência e muitas vezes sem motivos porque a resposta final seria até positiva, se, e somente se, o ansioso não estragasse tudo com a sua ansiedade.
É difícil conviver com o ansioso, mas muito mais difícil é ser. Acredite!
E ter que sair consertando tudo que se faz chega a ser o pior momento, porque na maioria das vezes as atitudes não são entendidas como não propositais
Ansioso é negativista e quando tenta ser positivista exagera na dose. Errou de novo.
Respirar, reter, ter, concentrar e esperar o não julgamento e a compreensão do próximo (que na maioria das vezes não vem).
Caso esbarre com um ansioso por ai, não se irrite com suas atitudes, principalmente as emocionais, seja paciente e ajude-o a enxergar o próprio erro, muitas vezes não visível para ele, tente elevar nele as qualidades positivas, que sim é possível reconhecer.
Ansioso pode e deve ser uma excelente companhia.

domingo, 14 de julho de 2013

Eu quis

Quando quis tudo e não ganhei nada, coube a mim enfrentar o desprezo e seguir a vida que mesmo na dolorosa missão do forçar o esquecimento, cumpriu fiel o caminho criado, deletando contato, esquecendo fatos, arrancando a primeira página dedicatória do livro, onde as palavras escritas já não tinham nexos, nem soavam verdadeiras.
Um coração uivando por uma cicatriz, e usando todos os remédios para conquistá-la.
Armadura para um recomeço, proteção para mente e alma, mas não para o coração que aprende a forte penas que blindagem até nos protege, mas não evita o susto, muito menos as marcas.
T.H

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Atitudes


Ao entardecer de mais um dia comum, Lorena concluía seus afazeres cotidianos sem imaginar a surpresa que a vida lhe ofereceria.
Tirou o dinheiro da bolsa e pagou as torradas, que gostava de comer com chá de camomila, que não acalmava, mas fazia parte da dieta.
Ao levantar os olhos Lorena percebeu que ele a olhava com um olhar interrogativo de quem não acredita no que vê. Eles jamais imaginariam se encontrar em cidade tão distante, a qual ela escolheu para finalizar sua vida em paz.
Ela também surpresa, mas não pode evitar fugir com os olhos, tal visão trazia consigo lembranças ruins que não conseguiam superar a felicidade em revê-lo. Em revê-lo bem.
Sem segurar as lágrimas seguiu com passos apressados o caminho de casa, não queria um encontro com o passado, que talvez no peito não tivesse passado.
Lorena! Exclamou uma voz. Mas a cabeça contrariando o coração manteve os passos.
Lorena! Uma mão a segurou. Olhos nos olhos e um breve silêncio. Silêncio de quem não perdoa.
Você por aqui? Quanto tempo! Você não mudou nada. A gente pode conversar? Contestou sem parar o rapaz.
Lorena olhou para a paisagem da natureza convidativa da cidade, olhou para o rapaz e sem dizer nada se foi.
No entardecer seguinte ele tentou a sorte lembrando que cidade pequena tem como hábito a rotina, não se enganou. Mesmo distante reconheceu os longos cabelos avermelhados, que ele sempre dizia ser lindo e que trazia a cor da folhagem da sua árvore favorita, a pele alva e os olhinhos azuis, que agora não estavam avermelhados. Ela passeava entre as flores do parque da cidade das flores.
Sentaram juntos e mais uma vez ela ouviu-o defender suas atitudes por proteção.
Docemente dessa vez ela não calou e deixou o coração falar: o amor não precisa de proteção, o que ele quer é coragem, falo de amor porque foi o que senti e o que ouvi de você, ainda hoje não sei se foi verdade, mas vivi algo bom com você e logo depois experimentei desprezo, distância e silêncio com uma desculpa repetitiva de proteção, e sinto muito, por mim e por você. Eu quis tudo e tanto, me expus, me encorajei, aceitei o que nunca imaginei, me encantei pela ideia de viver um amor adolescente que não teve a sorte de ser revelado no momento certo, me encantei pela dádiva da segunda chance divina. Me entristeci pelas tentativas de contato, pela sensação de procurar quem desprezava até minha amizade.
Hoje, depois de tanto tempo, eu sinto que pouco passou, mas dou a você o direito de fazer algo por nós, todavia eu já sei que mais uma vez vai reinar a ausência de coragem.
Foi assim no nosso primeiro desejo, no segundo, talvez no terceiro e sempre. Mesmo esbravejando para mim que jamais havia sentido o que estava sentindo.
Ou talvez eu esteja enganada, o que eu chamo ausência de coragem seja hoje e sempre ausência de vontade, desde o amor a amizade.
Levantou e se foi.
T.H

sábado, 6 de julho de 2013

Almas


À noite sua imagem vem
Desconfortar meu sono
Que já não existe solto
Sua imagem bela
Meu coração desespera
Com saudades do tão pouco

Da amizade pura
Do amor passivo
Das palavras curas

À noite sua imagem vem
Trazer esperança
Iludir feito criança
Sua imagem bela
Meu coração desespera
Com saudade do tão louco

Do abraço amigo
Do coração perdido
Do que encontramos um no outro

 À noite sua imagem vem
Me fazer pirraça
E me traz a graça
Sua imagem bela
Meu coração desespera
Com saudade do tão ouro

T.H

sexta-feira, 5 de julho de 2013

De conchinha ao contrário...


Bom ser diferente e desfrutar do não tradicional, afinal tradicionalismo nunca foi sinal de perfeição.

Em um pôster sobre a foto, a chamada era sobre o instinto maternal da mulher. Ora como numa relação podemos tirar de nós o lado paterno e materno? Não tem como, já que amar é sinônimo de proteção, e para tal melhor título não há.

Mas deixando de lado o apelo materno, outras coisas boas podem ser tiradasaí: é confortável para ambos e gostoso também, sem direito a braço dormente para ele e peso do corpo para ela, que triplica após o sono.

Gostoso, bem gostoso!

T.H

terça-feira, 2 de julho de 2013

2 anos


É nessas horas que percebemos que o tempo passa rápido demais...
Dois longos anos, e parece que foi ontem que em um sonho recebi a despedida e o acalmar do coração, que se angustiava por não ter tido coragem de visitá-la em leito de hospital.
No sonho gozava de boa aparência apesar de ainda em um leito de hospital, sorriu, citou uma frase que sempre citava ao me ver: “minha neta, você tem os olhos lindos da minha mãe!”, um sorriso bondoso e uma interrupção do sonho com o telefone a tocar trazendo a notícia que ela se fora.
Confesso não saber se sonho ou visita espiritual, mas abrandou o coração no momento certo.
Saudades sempre, mas agradecida por ter sido levada sem aparente sofrimento.