quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Sonhos


A gente fecha os olhos e se projeta em lugares e com pessoas, muitas vezes que nem estão no fluxo do pensamento diário, mas que é bom ali estar.

Principalmente se já não existe um convívio, seja lá qual for o motivo, os sonhos bons trazem para a gente um sinalizador de paz, de visualização de como você queria que o outrem estivesse, provoca uma acordar com um sorriso e um querer dormir um pouco mais. Muitas vezes fazem-nos acreditar que querem dizer algo, mas não, nada dizem, apenas retrata uma cena ideal, que talvez jamais seja vivida.

Um paralelo entre a fantasia e a realidade, uma misteriosa forma de fazer bem a si mesmo. Um devaneio prazeroso em meio a dias corridos e iguais. Uma forma de nos dar  super poderes.
Amor que é amor dura a vida inteira. Se não durou é porque nunca foi amor. O amor resiste à distância, ao silêncio das separações. Sem perdão não há amor!
Padre Fábio de Melo

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Construções

Um pouco mais de 15 anos, lembra-se bem de quando começaram as primeiras mudanças na casinha humilde de vila, que apesar de confortável era bem pequena, e a vontade paterna de mais conforto e individualidade se sobressaiu. Um sobrado começou a construir, apesar de não ter condições.
Lembrou-se bem do dia em que a mãe cansada de restringir os filhos a um quarto na casa de algum parente, pediu para ir para o sobrado em reforma. Cinza, tudo era cinza, chão de terra em alguns locais e nada de luxo, mas ao menos não havia goteiras. Para as crianças tudo era aventura, e assim foram os longos anos de reforma que nunca concluíram até os dias atuais.
Na adolescência trazia consigo um sentimento de vergonha por não ter tudo como era em sonho, a ponto de evitar levar alguns amigos. Pensamento bobo e infantil, pois qualquer pessoa madura reconheceria a beleza da casa perante os filhos em que nada jamais faltou, bons estudos, boa educação e boa saúde (sempre foram as prioridades). O hábito do jeitinho prolongou por uns anos adiante. Até que a filha mais nova, a primeira a terminar os estudos, mas a última a trabalhar devido aos próprios estudos, começou a investir naquilo que achava que deveria deixar de gratidão aos pais. No primeiro salário ao invés de roupas e sapatos comprou tijolos e tintas e começou a dar conforto para quem da melhor forma tinha tentado dar de um tudo. Móveis bonitos, eletrodomésticos bons, entre outros tantos mimos.
No seu grande dinheiro em mãos, que caberia uma boa entrada em um bom carro, ou uma boa viagem para o local de escolha (Chile – seu sonho, ou Alemanha – visita amiga), decidiu não mais do que investir um pouco mais no conforto dos pais, o banheiro que nunca tinha ganhado atenção especial, teve agora direito a tudo, tal qual banheiro de revista. Com carinho ela finalizou com bom grato os últimos toques da casa, deixando o desejo de ser lembrada  em cada cantinho de conforto, (terraço, sala, quarto, banheiro, telhado) e a partir daí se sentia pronta em deixar só para eles aquela casa que sempre foi de todos, e seguir sua direção, que ainda não sabia qual era, mas que já poderia ir sem medo, tinha sim cumprido sua missão. E sabia o quanto ela era uma boa menina. Quem prioriza família e casa, prioriza também todo o resto.
 
No fim do texto ela lembrou com um sorriso bobo o comentario de uma (amor-amigo): " você precisa viajar mais!" Quem sabe agora ela vai...

sábado, 24 de agosto de 2013

No fim dessa história toda alguém tinha que ser muito feliz.
Uma pena que não fui eu.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Quem é que sabe?

Como saber se fizemos a escolha certa? Não sabemos, mas alguns acontecimentos vão fazendo entender o motivo da escolha.
Mais um dia comum de aula, com mente e corpo cansado, pois já não era a mesma jovem da primeira graduação. A professora e suas mil perguntas, com mil respostas corretas, a ponto da mesma exclamar que apenas uma aluna estudou durante o curso. Perguntas bobas que nada mais eram do que obrigação saber, mas que encheu o coração de orgulho por ver os olhos da professora brilharem procurando a dona das respostas, ainda no meio da pergunta e perceber que de forma alguma ela estava ali falando Grego.
Pelo conhecimento existente e nascente o que parece é que a escolha foi certa.

O bom insone.


Instrução número 6 da lista de boas sugestões dada pelo médico para o tratamento da insônia: construa uma rotina para o sono.

Resposta do insone: o sono fica perfeito quando se atribui atividades novas (nova “rotina”), contudo quando as novas atividades ganham literalmente o nome rotina, bem-vinda a falta de sono. Para uns o corpo não cansa e nem descansa!

Ps.: O médico avisou que a especialidade dele não tratava o caso. Quis apenas ajudar.

domingo, 18 de agosto de 2013

5 sentidos

Tiro meu chapéu para quem consegue, mas conquistar, reconquistar e administrar relação via internet e afins é muito difícil.

É preciso o olho no olho, e o apelo visual (em todos os sentidos).

Além do mais, palavras escritas são perigosas, pois a interpretação é somente nossa.

A distância imposta pelo “modernismo” nos põe em dúvidas do próprio sentimento. Será que vendo, ouvindo, sentindo as minhas atitudes seriam as mesmas? Dúvida! É bem mais fácil parar um coração que não dispõe de todos os sentidos para aguçá-lo.  

No corre-corre atual isto tem sido habitual, e logo vem a sensação de solidão, mesmo estando em par.

Feliz daquele que valoriza e utiliza em plenitude os seus 5 sentidos.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Bons exemplos

É São José com o menino Jesus, ele é o seu pai, e contou sua história... Não é lindo? Obteve um sorriso em concordância. Pegou o livro de orações, abriu a página ao acaso, orou, colocou a imagem ao seu lado como de costume e adormeceu.
No na noite do dia seguinte ao entrar no quarto se deparou com ela ajoelhada diante do São José e orando, colocou ao lado da cama deitou e adormeceu, tal qual fazia a tia.
Não pode deixar de pensar: são nos pequenos e despercebidos detalhes que a gente educa para o bem.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Ainda presa nela!


O dia amanheceu nublado no céu e na alma, coração disparado, falta de fôlego, choro preso, vontade e muita de ficar só.
Tanto tempo sem sintomas tão fortes, sem o reflexo do medo.
Refém do próprio vazio. Vítima da própria ânsia.
Almejante a cada dia, durante anos, não da cura, mas do convívio ameno, mas perdedora muitas vezes.
É assim o passar dos dias de quem tem crises de ansiedade, quando se pensa no fim há um recomeço.   

terça-feira, 13 de agosto de 2013

domingo, 11 de agosto de 2013

Alquimia


Verdade, nunca gostou de cozinhar! Comer até então era um dos seus afãs cotidianos em outrora, vítima da infância de birra por falta de apetite e de posterior doença estomacal quase fatal que lhe colocou em dieta restrita por um ano, mas o destino colocou na sua vida profissional os alimentos, como uma ironia bem-vinda. Saber cozinhar ainda não sabia, mas gostava de receitas, tal qual alquimia, onde a mágica é unir visão, paladar e principalmente saúde. Dietas proteicas, hipocalóricas, restritas e sobre tudo deliciosas. Gostou do que viu e de como uniu, e o que era trauma de outrora virara o prazer do agora, nas suas madrugadas a fora. 
 
Quem sabe dica a diante!  

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Trilha sonora para vida

 
Sempre gostou da música, apesar de sertaneja, mas nunca imaginou ser trilha sonora da própria vida. Tanto tempo sem ouvir até acordar com ela em mente, segue o trechinho lembrado:

A gente quando não se assume
Fica chorando sem carinho...


O tempo passou e eu sofri calado
Não deu prá tirar ela do pensamento
Eu ia dizer que estava apaixonado
Recebi o convite do seu casamento
Com letras douradas num papel bonito
Chorei de emoção quando acabei de ler...


Num cantinho rabiscado no verso
Ela disse:
"Meu amor eu confesso estou casando
Mas o grande amor da minha vida é você"...

Bem assim que a vida segue, quando a gente não tem coragem de assumir o que o coração fala.







sábado, 3 de agosto de 2013

Coragem para ser feliz!

Ana casou cedo, e logo teve um, dois e três filhos. Todos achavam estranho, pois ela passou de rebelde sem causa para mãe, do lar e religiosa. Ana era o tipo de pessoa que na roda de amigo a aposta é que ela seria a última a fazer tudo.
Anos se passaram e Ana aparentemente era feliz e estava bem, na vida pacata e simples que escolheu. Um belo dia chegou a notícia que ela se separara, e que estava com outro alguém, por sua vez, mais novo que ela. Ana, claro, virou alvo das más línguas, onde o “sistema” padroniza tudo e que o correto não é ser feliz, mas viver dentro dos padrões sociais.
-Ora, Ana, caso você não saiba casamento é para sempre, e como você pode estar trocando um homem por um cara que não tem nem a assinatura do primeiro emprego! Retruncou o moralismo.
O que ninguém perguntou foi como Ana chegara até ali.
Pois bem, breve história de Ana:
Casou-se cedo pois queria sair de casa, claro que estava apaixonada, a vida proporcionou tudo de bom, bom marido, bons filhos, boa vida, com altos e baixos e todas as dificuldades de quem é jovem e constrói uma vida.
Mas no meio da sua jornada, Ana se deparou com o amor, que talvez nem conhecera ainda, e teve a coragem de fazer o que poucos fazem quando assumem responsabilidades jovens, assumiu para si e para o mundo que valorizava e queria sua felicidade. Que não, não estava contente com que o sistema impõem.
Caso que muitos vivem, mas preferem engolir a felicidade, virar as coisa para o amor (talvez o maior sentido, a ponto de abalar sua estrutura), nem tão feliz, mas mostrando estar de acordo com que o social convém.
Parabéns para você, Ana.

Coração

Ah, coração. Tem dia que a saudade dobra, e mesmo tendo um dia agitado, nos minutinhos de paz você tanto e quanto aperta e a vontade vem. Vontade de saber como e onde estar, de procurar os sinais do tempo, de uma simples conversa. Vontade de poder voltar no tempo, e não querer mudar tudo, mas aproveitar bem mais.

Ah, coração. Se a gente acreditasse no que você diz sobre o futuro, talvez nos quebrasse menos. Mas como acreditar na possibilidade de ser triste quando se está feliz?

Ah, coração. Viver a saudade mesmo que cheia de dor, nos transporta para uma realidade que um dia foi nossa, mesmo esta estando ficando para trás. E só isso coração, nos faz ter a coragem de viver tudo de novo.

"E no fim, meu caro, o amor que você tem é o amor que você dá."
(Wanderly Frota)