segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Um dia mais que feliz

Enfim resolveu aceitar rever o amigo, não sabia se fazia bem ou mal, mas ia.
Naquela noite sem igual, observo-o com carinho, o jeito desajeitado, o sorriso solto, a educação simples e o humor vasto foi o que chamou a atenção. Era não menos do que imaginava, pelo contrário, era muito mais.
Um jantar, se ele soubesse o pânico que eu tenho de alimentos não convidaria para isso, pensou!
Mas manteve a calma, ousou escolher o pedido, prato que já conhecia o gosto para facilitar a dificuldade.
Nota dez, conseguiu até degustar, coisa que não fazia nos primeiros encontros, geralmente evitava até comer. Bons pontos para o moço.
A noite seguiu em ritmo gostoso, resolveram conversar mais, e após um gesto de carinho, um afago, o que ela tinha desejado fazer, desde o primeiro minuto que o viu naquela noite, sutilmente aconteceu. Meio tímido, mas não menos intenso. Talvez anos de desejo estivesse representado ali. Friozinho na barriga, pele arrepiada, meio adolescente até, coisa que já não eram mais.
Porém a sensação sentida foi a de um tempo que não passou, a de ter uma pessoa ao lado, que nunca havia estado tão perto, mas que  em tudo parecia tão próximo, gosto de Déjà vu, seriam talvez duas almas que se encontravam novamente.
Pela afinidade, pela paz trazida, pelo aconchego dado, jurou ter vivido tal momento antes.
E aqueles anos onde tinha a soma de desejo retraído e distância, mantidos pela inocência do não imaginar o carinho por ele existente, sumiram. E por alguns minutos voltaram a ser aqueles dois adolescentes. 

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