Não sabia que a timidez do passado ia ser tão dolorosa nos
dias atuais. Foi com surpresa que ouviu dele o desejo que havia existido, foi
com tristeza que concordou não só com o desejo, mas com o carinho e todas as
admirações escondidas até então.
Hoje o carinho sentido é vencido pelo silêncio, silêncio de quem
não quer tocar em uma história que tem muita raiz mesmo quando se quer dizer
que não.
Hoje todo o desejo continua reprimido, não pela timidez, não
pela falta de coragem, não por não saber da existência um do outro (em
sentimento).
Não se sabe bem por que, talvez por medo, medo de mudanças,
ou simplesmente pela realidade do coração de um não ser a do outro, quem sabe
se.
O que fica é a negação aos filhos um dia desejados, é a
negação ao futuro um dia planejado, quando foi dito a vontade de seguir juntos
por lugares bons, é a negação ao amor um dia falado, talvez sem certeza ou sem
realidade qualquer.
O que fica é só saudades, é ter tido o direito de uma
segunda chance, mas nada fazer por ela.
É coração vazio! É rivotril para acalmar o choro.
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