quinta-feira, 8 de maio de 2014

Com os próprios olhos


Nas andanças pela vida real e social pude experimentar os dois lados da moeda, o Brasil “funcionante” e o em pedaços. Vi escolas e creches públicas funcionarem com tanta excelência que dava vontade de ficar por lá, pequenos nutridos, com direito à dormida, banho e roupa limpa, canção de ninar e brinquedo do bom para brincar. E partindo do mesmo subsídio vi o acostumado caos (pelo menos o que os brasileiros adoram ostentar). Andando mais um pouco lembrei do passado, onde conheci a magnitude e beleza do programa de alimentação escolar, tão mais embelezado pelo empenho do nível central para o seu funcionamento, e o fiasco de zelo de algumas pobres almas que deveriam "fiscalizar" in loco o processo, lembro-me bem de quantos relatórios peguei e quantos hoje eu imagino que eram apenas recopiados como garantia de salário no bolso.
Não por isso digo que a nossa política é boa, ou melhor, nossa politicagem. Todavia ressalvo que deixando de lado quem está no topo, não podemos esquecer que o sustento é a base, e em breve frase recordo o quanto os brasileiros estão aquém de merecer um país melhor “vou fazer concurso para ganhar sem trabalhar”, quem nunca ouviu? A maioria fala e faz de fato. Tanto que quando damos de cara com honrosos empenhados nos assustamos, quando deveria ser o contrário. Ora, mas ninguém fiscaliza? Ora, para fazer o certo precisa ser fiscalizado?
E ainda temos a coragem de chamar para rua, lutar por uma causa que sei lá qual é. A mídia e sua febril moda, e uma bela foto de recordação posta em um timeline. Abaixada a poeira tudo de volta ao normal. Só o embaço de criticar a copa, e mais futuramente uma foto no jogo da hipocrisia real.
É, certo estava Manuel Bandeira quando descobriu que o bicho era um homem.
Para finalizar, seria bom parar de ofender os macacos.

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