sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Florbela! Não me espanca


Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão de meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!

Não vejo nada assim enlouquecida…
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!

“Tudo no mundo é frágil, tudo passa…”
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!

E, olhos postos em ti, vivo de rastros:
“Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: princípio e fim!…”
Tá aí El Carlos tal verso do trecho citado.
Livro de Sóror Saudade, Florbela Espanca

2 comentários:

Unknown disse...

rsrsrs =D

sabes dizer de quem é essa citação que ela faz e Fagner repete uma música?
“Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: princípio e fim!”


Lembro de ter lido no livro mas na minh'edição não há referência. (Minh'edição é a da L&PM Poket)

Céu disse...

Tais querendo demais de mim rsrsrsrs.