sábado, 9 de fevereiro de 2008

Mais uma sobre carnaval - Beija, beija, tá calor, tá calor

O carnaval tem deixado de ser a festa do quanto-riso-quanta-alegria-mais-de-mil-palhaços-no- salão e tá virando a festa do beija, beija, tá calor, tá calor. Isso pra não falar do creo-creo-creo...
As pessoas hoje passam mais tempo se preocupando em caçar um beijo do que em aproveitar a festa. Vôte!
O mais engraçado é ver o cara (ou a cara) azarando uma mais ou menos e passar uma mais bonita e ele dá aquele desvio de conduta. Ou acabar de beijar uma e dar dois passos e taca um beijo notra, sem nem se preocupar se a outra viu. Deprimente!!!
Ainda fico pensando o que é que se sente em beijar tanta gente em tão pouco tempo. Será que dá pra sentir o gosto? A diferença? E prazer será que tem? Sei lá. E nem venha me dizer que isso acontece só depois de muita cerva. Não! Não! Não!
Continuo sendo contra o carnaval do beija–beija-qualquer-um. Não apenas pelo medo da boqueira, do sapinho, da hepatite, do mau hálito (já pensou beijar um bonitão com um puto mau hálito? Ecaa). E num vou dizer que não beijaria no carnaval não. Beijaria sim, mas com certeza o dito cujo passaria horas de paquerinha convencional, sem direito a me deixar ver que ele atacou outra, ahhh o dito cujo também teria que despertar em mim algo “especial”. Nada de ser só uma carinha e um corpinho bonito.
Beijo é bom quando vem acompanhado do friozinho na barriga, do enfim consegui, dos hormônios em fúria, do carinho, do cheiro, do toque, do capricho, da primeira conquista antes do resto, da vontade de querer mais. Assim vale a pena, assim dá prazer.
Lamento pelas pessoas que banalizam o beijo e fazem dele apenas uma atração da festa. Pra mim ele é mais do que isso, espero que muitos também achem isso.
E se ser contra isso é ser careta, acho que eu quero morrer careta!

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