Sempre gostei de dizer que o para sempre é coisa de livros
(antigos), na vida real há muito mais parágrafos, exclamação, interrogação e
vírgula, antes de chegar no ponto final. Salvo relação de pais e filhos, que
alguns ainda ignoram sua importância, de ambas as partes.
Basta gostar de escrever e fazer isso durante um bom tempo
que é notório a mudança contínua, você hoje, nunca será o mesmo de ontem e
jamais produzira sua mesma teoria
amanhã.
Acredito que o mito para sempre na antiguidade era reproduzido
como uma forma de não “evolução” da espécie. E basta ler e reler reproduções
antigas que fica destacado a insatisfação, seja ela qual for.
Venho refletindo sobre isso há algum tempo, e através da
reflexão deixando de lado a ideia que temos de que se algo não permaneceu na
nossa vida é por que falhamos em algum momento. A palavra incompetência não
cabe quando provamos o sabor que a mudança nos proporciona, e sim, é preciso
coragem, pois a sociedade ainda, de forma hipócrita, valoriza o para sempre.
Eu quando adolescente, apesar de gostar de cálculos
calóricos e bioquímica, exclui nutrição, pois ignorantemente deixei meus
assombros relacionado à comida e o fato de não gostar de fazê-las frustrar uma
aptidão, mostrada ainda cedo, escolhi biologia. Dentro da biologia, apesar de
amar plantas, verdes, jardins, odiava botânica, ênfase número 1 do meu curso.
Com o passar do tempo a minha habilidade mostrada ainda jovem me fez dar uma
reviravolta, depois de muitos dias ruins lamentando não está satisfeita com o
que escolhi, ou com o que a vida me ofereceu (às vezes na realidade é assim),
voltei para a nutrição, que hoje com a maturidade dos 30 anos tiro os melhores
proveitos da minha formação profissional em andamento (com maiores
dificuldades, claro), e só para contrariar minha revolta de universitário,
misturo nutrição com botânica, e tenho achado um casamento perfeito, por
enquanto.
Hoje gosto de difundir a ideia de que nem todos os ditos
populares estão corretos ou incorretos. Não, pau que nasce torto, não precisa
morrer torto. E sim, nunca diga dessa água não beberei!
Enquanto o para sempre, é sabido que ele pode existir e ser
de um final feliz ou não, cabe a você criar coragem e aceitar as mudanças
quando o coração falar. Quem omite o que sente mente, para si
somente, o que é mais preocupante.
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